A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou,  nesta quarta-feira (16), oito projetos relacionados à legislação  eleitoral. As aprovações ressaltam a perda de fôlego da Comissão  Especial da Reforma Política, que ainda não conseguiu votar seu  relatório, com mudanças mais profundas na lei.
Segundo o presidente da CCJ, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), a  pauta da comissão foi uma tentativa “de puxar, de fazer com que a  Comissão da Reforma Política ande efetivamente”. Questionado se não  havia um atropelamento dos trabalhos, ele respondeu: “A Comissão da  Reforma Política não precisa ser atropelada, porque não está andando”.
A reunião da Comissão da Reforma Política que previa o início da votação do relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS), marcada para esta quinta-feira (17), foi cancelada e ainda não há nova data prevista.
Aprovadas na CCJ, as propostas relacionadas com direito eleitoral ainda precisam ser analisadas pelo Plenário. São elas:
1 - Projeto de Lei 396/07,  que responsabiliza administrativamente os chefes do Poder Executivo e  do Legislativo – em todos os níveis de governo – pela transição  administrativa, após a proclamação dos resultados eleitorais. De autoria  do deputado Chico Alencar (Psol-RJ), o texto obriga os chefes dos  poderes a facilitar o acesso dos administradores eleitos, ou de seus  representantes, às instalações materiais e a todas as informações  administrativas pertinentes à gestão que termina, além de oferecer local  e infraestrutura para o desempenho das atividades de transição;
2 - PL 4159/08,  do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), que proíbe governadores e prefeitos  de anteciparem ou postergarem feriados para coincidir com o fim de  semana das eleições. Segundo o autor da proposta, o objetivo é impedir a  criação de um feriado prolongado que desestimule a participação do  eleitor;
3 - PL 5231/09,  do deputado licenciado Betinho Rosado (DEM-RN), que prevê a emissão de  sinal sonoro pelas urnas eletrônicas de votação, indicando cada cargo a  ser votado;
4 - PL 5927/09,  do deputado Dr. Ubiali (PSB-SP), que proíbe a propaganda de candidatos a  senador sem a apresentação dos dois candidatos a suplentes que  completam a chapa; 
5 - PL 6118/09,  da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), que determina que, em casos de  empate nas eleições proporcionais, será eleito o candidato com o maior  tempo de filiação partidária;
6 - PL 6189/09,  dos deputados Chico Alencar (Psol-RJ) e Ivan Valente (Psol-SP) e do  ex-deputado Geraldinho, que autoriza a instalação, em época de eleição,  de painéis móveis em terminais de transporte coletivo e estações de  trens, metrôs e barcas. Esses painéis, com tamanho máximo de um metro  quadrado, deverão conter lista de candidatos e principais propostas de  cada partido para os cargos em disputa;
7 - PL 7486/10, do Senado, que altera a Lei Eleitoral (9.504/97)  para determinar que o horário político (no rádio e na TV) que houver  sido perdido por partido ou coligações, por ter cometido infrações, e  que não for destinado a direito de resposta, será utilizado pela Justiça  Eleitoral para divulgação de propaganda educativa sobre as eleições; e 
8 - PL 7873/10,  da Comissão de Legislação Participativa, que aumenta em até dois anos a  pena máxima para compra de votos e o valor da multa cobrada. A pena  atual é de quatro anos de reclusão, com multa. Pelo texto, a sanção passaria para três a seis anos de reclusão.
A CCJ ainda rejeitou o PL 4258/08,  do ex-deputado Vicentinho Alves, que proíbe a divulgação de resultados  de pesquisas eleitorais por qualquer meio de comunicação. O relator na  comissão, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerou o texto  inconstitucional por ferir o direito à informação.
Reforma
Apesar de merecerem destaque na pauta da CCJ, os projetos aprovados não  têm o mesmo impacto da proposta de reforma política relatada por  Fontana, centrada no financiamento público exclusivo de campanha.
A última versão do relatório também muda, entre outras coisas, a  fórmula de contagem dos votos para as eleições proporcionais, reduz o  período de mandato dos senadores de oito para quatro anos e prevê a  realização de segundo turno para prefeito nos municípios que tenham mais  de 100 mil eleitores – atualmente, essa possibilidade só ocorre em  cidades com mais de 200 mil eleitores.
Reportagem - Rodrigo Bittar 
Edição – Daniella Cronemberger
Fonte - 'Agência Câmara de Notícias'
Neto do PT - Maragojipe em Ação!
Edição – Daniella Cronemberger
Fonte - 'Agência Câmara de Notícias'
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