Na avaliação dos deputados, proposta é uma das mais  importantes aprovadas neste ano.
O Plenário da Câmara aprovou, nesta quarta-feira, a criação do Programa  Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O objetivo da  proposta é aumentar a oferta de cursos profissionalizantes e de qualificação. O  texto aprovado é o substitutivo da Comissão de Educação e Cultura ao Projeto de  Lei 1209/11, do Executivo. A matéria será enviada para análise do Senado.
O público-alvo do Pronatec são os estudantes de ensino médio da rede pública,  os trabalhadores e os beneficiários de programas federais de transferência de  renda. Uma das ações previstas é a oferta de bolsas.
De acordo com o substitutivo, de autoria do deputado Biffi (PT-MS), as ações  do Pronatec poderão contemplar os povos indígenas, as comunidades de quilombolas  e jovens infratores. Ele inclui entre os trabalhadores que poderão pleitear  bolsas os pescadores, agricultores familiares, aquicultores, extrativistas e  silvicultores.
Acessibilidade: O texto do relator também determina o  estímulo à participação de pessoas com deficiência, observadas as condições de  acessibilidade e participação plena no ambiente educacional.Emenda  do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), aprovada por meio de destaque no Plenário,  prevê que o programa deverá estimular a expansão de oferta de vagas para pessoas  com deficiência, inclusive com articulação dos institutos públicos federais,  estaduais e municipais de educação.
Por 198 votos a 170, o Plenário aprovou destaque do DEM e incluiu emenda da  deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) para reservar 30% dos  recursos do Pronatec para as regiões Norte e Nordeste.
Na última votação, o Plenário incorporou ao texto emenda da deputada Carmen  Zanoto (PPS-SC) para permitir ao Executivo exigir critérios mínimos de qualidade  para que as instituições privadas sem fins lucrativos possam receber recursos do  programa.
Trabalho conjunto
A aprovação do projeto na Câmara foi o  resultado do trabalho conjunto dos quatro relatores das comissões que analisaram  a matéria. Para o deputado Biffi, o texto contou com um amplo debate, no qual  foram acatadas sugestões de vários deputados. “Ouvimos entidades do setor na  Câmara e nos estados”, disse.
Pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, o deputado  Alex Canziani (PTB-PR) ressaltou que o programa “será de fundamental importância  para o País”.
Em outra comissão que analisou o projeto, a de Finanças e Tributação, a  relatoria coube ao deputado Júnior Coimbra (PMDB-TO). Segundo ele, “o  substitutivo foi muito bem trabalhado e discutido em mais de três meses de  debates pelo Brasil afora”.
O relator pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, deputado  Jorginho Mello (PSDB-SC), afirmou que o esforço conjunto dos relatores  transformou o texto em um dos melhores projetos aprovados pela Câmara este ano.  “Uma das medidas evita que o seguro-desemprego vire profissão”, disse,  referindo-se à vinculação entre qualificação e recebimento do seguro.
Neto do PT - Maragojipe em Ação 
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