Ministra do Planejamento destaca a variação do Produto Interno Bruto per capita, que passou de R$ 16,5 mil a R$ 21,3 mil entre 2001 e 2011.
Pela primeira vez na história, o Brasil cresce reduzindo as
desigualdades, disse nesta terça-feira (29) a ministra do Planejamento,
Orçamento e Gestão, Miriam Belchior. “Pela primeira vez, a gente divide o
bolo ao mesmo tempo em que está crescendo. A América Latina está
fazendo esse movimento e tem sido olhada por todos os lugares do mundo”,
declarou Miriam Belchior, ao falar sobre a conjuntura econômica do país
durante o Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, realizado
até nesta quarta-feira (30) em Brasília.
Para ilustrar que houve redução da desigualdade ao lado do
crescimento econômico, a ministra fez uma apresentação destacando a
variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país) per
capita, que passou de R$ 16,5 mil a R$ 21,3 mil entre 2001 e 2011.
Belchior fez um paralelo com a evolução no mesmo período do Índice de
Gini, que caiu de 0,553 para 0,500. O Índice de Gini é um instrumento
para medir o grau de concentração de renda e quanto mais próximo de 1
maior a concentração. Por isso, quanto mais reduzido o indicador, mais
favorável o cenário. Os dados apresentados pela ministra são do
Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
Miriam Belchior disse que o Brasil vivencia os resultados de uma
política econômica que “deixou de ser pensada apenas para combater a
crise”. A ministra destacou como medidas estruturais a redução da taxa
de juros e as iniciativas para garantir infraestrutura como Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) e o Programa de Investimento em
Logística (PIL), de concessão e construção de rodovias, ferrovias,
portos e aeroportos por meio de parcerias com o setor privado.
A ministra destacou que o país está sustentando um consumo doméstico
em ascensão, mas que o crescimento não pode se basear apenas no aumento
das compras. “É fundamental que o investimento também cresça. O governo
tem dado esse sinal para o setor privado. O setor público vai na frente e
é indispensável que o setor privado também se engaje”, defendeu.
De acordo com Miriam Belchior, a taxa de investimento do setor
público cresceu 51% com o PAC. Em 2012, os investimentos da União
representaram 1% do total feito no país contra 0,2% em 2003 e 0,6% em
2007.
Ela disse ainda que o PAC é importante porque garante a
previsibilidade dos investimentos. “[O PAC] faz com que todos os atores
envolvidos se planejem com antecedência. Se há expectativa de que vai
ter recursos do governo federal, as prefeituras se organizam”. Em sua
primeira edição, o PAC destinou R$ 657,4 bilhões em recursos dos quais
94,1% foram executados. Na segunda etapa do PAC 2 há previsão de
liberação de R$ 955,1 bilhões até 2014, dos quais 40,4% foram executados
até setembro do ano passado.
Fonte - (Agência Brasil)
Neto do PT
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