“Buttefly rash”, sintoma característico de Lúpus
Lúpus é uma doença rara que não apresenta forma de contágio, uma vez que são as células do próprio sistema imunológico que causam os sintomas dessa doença.
A doença é conhecida como autoimune, pois são exatamente as células que deveriam ser agentes de proteção do organismo que se voltam e começam a atacar os órgãos internos, as articulações, a pele e etc. Por essa natureza individual o Lúpus é considerado uma doença crônica, recorrente, que se não tratada pode levar o paciente a uma condição de perda total da qualidade de vida.
Caracterizada por ser mais frequente em mulheres, a doença exige alguns cuidados em relação ao uso de anticoncepcionais, que devem ser bem avaliados, pois o aumento nos níveis de estrógenos pode desencadear surtos da doença. O uso de bloqueador solar é uma exigência, uma vez que a doença sensibiliza a pele, podendo se queimar intensamente com a mínima exposição ao sol e qualquer outro tipo de radiação luminosa intensa.
Quanto mais jovem for a mulher, mais complicado é o diagnóstico da doença. O principal momento de ocorrência nas meninas é exatamente na menarca, sendo ainda comum em mulheres na faixa dos 15 aos 30 anos.
Quanto mais jovem for a mulher, mais complicado é o diagnóstico da doença. O principal momento de ocorrência nas meninas é exatamente na menarca, sendo ainda comum em mulheres na faixa dos 15 aos 30 anos.
Mas como determinar se uma mulher tem lúpus?
Existem alguns sintomas que podem ser analisados e que, segundo a Sociedade Americana de Reumatologia, poderiam dar indício de que a mulher está com a doença, vejamos:
1. A fotossensibilidade da pele, presente até em pessoas de pele negra e que, em razão da melanina, não deveriam apresentar tanta sensibilidade.
2. Dor nas articulações sem ocorrência de inchaço ou vermelhidão. Principalmente nos membros superiores e de um lado do corpo.
3. Paciente com lesão renal, acompanhada de hipertensão no primeiro surto, terá acompanhamento diferenciado do médico para se analisar a gravidade das lesões.
4. Outro critério envolve a chamada butterfly rash (asa de borboleta), que muitos admitem como o critério mais importante. Trata-se de uma lesão que surge nas regiões laterais do nariz e prolonga-se horizontalmente pela região malar no formato da asa de uma borboleta.
5. Diminuição considerável dos glóbulos brancos e vermelhos no sangue, o que determina uma considerável perda para as defesas do organismo e para a qualidade de vida.
Para muitos médicos, as mulheres portadoras de Lúpus não devem engravidar, pois acreditam que, em razão da formação de trombos espalhados pelo organismo, a ocorrência de abortos e complicações generalizadas comprometeriam a gravidez e ocasionariam abortos sucessivos.
O tratamento envolve o acompanhamento médico constante, o uso de medicamentos específicos, sendo em sua maioria corticoides e a busca por hábitos saudáveis e uma boa alimentação.
Fabrício Alves Ferreira
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola
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