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quarta-feira, 21 de março de 2012

Artigo: A juventude que ocupa o planeta, por Fernando Pacheco

O PT vive sua “virada geracional”. Jovens começam a ter maior participação nos parlamentos e à frente do Executivo, bem como o tema juventude entra cada vez mais na agenda prioritária dos governos em que participamos.


No âmbito interno, o IV Congresso decidiu reservar 20% das vagas das instâncias dirigentes partidárias a menores de 30 anos.
Por isso, mais que nunca, por sabermos da importância do Partido dos Trabalhadores para a esquerda da América Latina e da posição do continente na nova geopolítica global, é hora de discutirmos o nosso papel e nossas ações por um mundo mais justo, democrático e multilateral.
Na recente trajetória da Juventude do PT, em especial, a partir do I CONJPT, o desenvolvimento de vínculos com juventudes partidárias e com organizações e fundações internacionais progressistas contribuiu substancialmente na formulação da política externa da juventude petista, deu acesso a novos diálogos e conhecimentos fundamentais para a formação de nossos quadros dirigentes, e projetou a intervenção da JPT em espaços internacionais como o Foro de São Paulo, o Festival Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD), o Fórum Social Mundial, os eventos da IUSY (Internacional da Juventude Socialista), entre outros.
O caminho de convivência e intercâmbio com a FMJD e a IUSY se firmou como o mais perene e de maior parceria. Ao longo dos últimos anos, temos comparecido regularmente aos grandes eventos e seminários temáticos da IUSY, com a qual temos uma política de cooperação forte, em especial nas áreas sindical e ambiental. Já em relação à FMJD, apesar de a JPT ter presença no Festival Mundial das Juventudes Democráticas, que reúne grande parte da juventude engajada em lutas antiimperialistas, ainda produz poucos resultados substanciais para as juventudes envolvidas.
Quanto à relação com à IUSY, os resultados positivos nas áreas temáticas não esgotaram as possibilidades de intercâmbio e de uma contribuição mais incisiva de nossa juventude. Há que ser reconhecer que por não ser organização membro, a JPT deve apresentar a IUSY agendas políticas novas, que dialoguem com as crises vividas pela esquerda europeia e represente o acúmulo da esquerda brasileira e latinoamericana das últimas décadas.
Mais recentemente, abrimos um caminho de diálogo com a juventude do Partido Comunista Chinês, que pode avançar para futuros protocolos de colaboração, perspectiva essa que se ampliou com a visita ao PT de Lu Hao, primeiro-secretário da Liga da Juventude Comunista e Ministro da Juventude da China. A parceria com os comunistas chineses apresenta-se como um dos caminhos mais promissores da JPT, dependendo de nós o próximo passo em torno de agendas políticas mais concretas.
Um passo além seria iniciar o diálogo geracional para dentro dos BRICS que pretendemos travar com nossos pares que estarão à frente das próximas principais economias da Terra.
Na América Latina, seguimos o caminho já traçado pelo Partido dos Trabalhadores na interação com as organizações de esquerda reunidas no Foro de São Paulo. A aproximação com as juventudes progressistas latinoamericanas é grande, em especial com aquelas do Cone Sul, e seguirá sendo uma das prioridades da nossa coordenação no próximo período. Especialmente, deve ser dada atenção ao compartilhamento de experiências no campo das Políticas Públicas de Juventude entre as juventudes envolvidas no Foro.
Além disso, não pode passar em branco a iniciativa de aproximação política e ação razoavelmente coordenada em termos práticos com as juventudes das organizações que de fato estão à frente dos governos progressistas do continente, primando pelo encontro gradual de um pensamento geracional comum entre atores que, na situação ou oposição, estarão no centro da transição político-geracional latinoamericano.
Nesse sentido, é importante dar continuidade e fortalecer as relações com juventudes democráticas e progressistas organizadas da América Latina, em especial a partir do espaço do Foro de São Paulo, fortalecendo o intercâmbio (assessoramento e consultoria política) também de plataformas eleitorais.
Em relação à IUSY, devemos buscar alcançar novo patamar na relação, na perspectiva de estabelecer um diálogo mais propositivo acerca da agenda da esquerda no mundo, oferecendo os positivos resultados das experiências dos governos de esquerda latino-americanos na formatação de um novo modelo de desenvolvimento global, especialmente as medidas anticíclicas do Brasil em 2008 e o da Argentina em 2001.
Em uma frente paralela, buscaremos estabelecer relações com juventudes progressistas do bloco BRICS, criando fórum em que essas organizações sistematizem uma agenda política dessas novas potências emergentes: Rússia, Índia, China e África do Sul. Construindo uma correspondência na agenda, bandeiras e pauta política juvenil desses países naquilo que eles colaboram entre si e em bloco na geopolítica mundial, estaremos preparando a juventude brasileira organizada para o novo momento de inserção do Brasil na cena internacional.
Temos também entre os objetivos dessa nova agenda estabelecer relações com juventudes progressistas em um movimento paralelo à política externa do Brasil, no eixo Sul-Sul, com a prospecção de novos diálogos na África e Oriente Médio.
Para toda essa demanda, é importante pensar no Festival Latino-Americano de Juventudes, sediado anualmente em Fortaleza (CE) como uma arena estratégica de articulação dessa pauta.
Precisamos consolidar a JPT como a Juventude do partido que governa uma potência emergente e democrática, que se insere soberanamente na ordem mundial ciente de seu papel estratégico geopolítico e portadora de uma nova forma de se relacionar com os demais países, especialmente os emergentes e os menos desenvolvidos.

Fernando Pacheco é coordenador de Relações Internacionais da Executiva Nacional da Juventude do P´T.

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