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quinta-feira, 8 de março de 2012

A violência contra a mulher destrói a família e enfraquece o estado

 Por Davis Sena FilhoBlog Palavra Livre

 
As minhas palavras hoje dedicadas ao Dia Internacional da Mulher vão ser direcionadas à questão da violência contra as mulheres, apesar de lei tão importante como a da Maria da Penha estar em pleno vigor em nosso País, a violência contra a mulher não é apenas uma questão de agressão física e psicológica por parte do agressor. É mais do que isto. A violência contra a mulher é um pandemia de ordem mundial e por isso deve ser combatida e sanada. É uma doença social de graves consequências e proporções para as diferentes sociedades, que causa dano moral, psicológico, físico, material, financeiro e econômico não somente aos lares, mas também ao País.  

 
Uma das piores, talvez a pior dor que humanidade pode infligir a seus integrantes é a violência física e moral contra a mulher. De tal modo, que sabemos que a violência, como método e forma de submeter o outro, torna-se mais do que uma doença social crônica e transforma-se em uma enfermidade social, porque ela se alastra em todos os lugares e não apenas no âmbito municipal, estadual ou nas fronteiras de algum país. A violência contra a mulher, antes de qualquer coisa, destrói, irremediavelmente, os lares e as famílias, que são o núcleo de qualquer sociedade.

         Toda violência tem de ser combatida pelo estado e pela sociedade civil organizada, porque ela não acontece apenas em um grupo social — o das mulheres —, porque sabemos quando uma mulher é agredida, violada em seus direitos civis, toda a sociedade sofre, porque as mulheres são mães, irmãs, avós, amigas e namoradas dos homens de suas vidas e, conseqüentemente, aqueles homens que não violam seus direitos são também vítimas de tais crueldades.



         Quero dizer que quando uma mulher é vítima de violência toda sociedade se torna refém da miséria humana, porque a mulher mesmo em um tempo de mudanças na construção das famílias é ainda o ente de aglutinação familiar e, portanto, de indubitável importância para a formação familiar e, por conseguinte, responsável pela organização da sociedade, no que tange até a questão da edificação de um estado justo e democrático de direito.

         Órgão da importância do Departamento da Mulher, da Secretaria Adjunta de Integração Social e da Secretaria de Trabalho e Assistência Social, tem de oferecer sempre o melhor atendimento possível no que é relativo à proteção da mulher agredida, porque buscamos, de fato, que o processo de libertação de seres humanos que estão à mercê da brutal violência física, psicológica e moral consigam vislumbrar uma saída para se afastar, definitivamente, daquele que, em vez de ser seu parceiro para enfrentar os desafios da vida, transforma-se em seu algoz, tão violento e cruel que, de maneira sórdida e desumana, destrói um relacionamento por intermédio até do assassinato.

         A violência contra a mulher tem de ser acompanhada de perto pelo poder público. É dramática a situação das mulheres que vivem em perigo. O Departamento da Mulher, a Delegacia da Mulher, o Ministério Público e as ONGs, dentre outros, precisam sempre fortalecer as políticas públicas em prol da mulher vítima de violência.  Realizadas, não devemos esquecer que necessitamos tanto de apoio logístico quanto de recursos para que possamos ter os projetos de proteção às mulheres concretizados. O empenho tem de ser grande e constante, porque tenho a consciência de que a violência é a pior das doenças. E quando a vítima é a mulher, a violência também contamina o lar, a família, os filhos, a sociedade e o poder público.

         Haveremos de, cada vez mais, realizarmos campanhas de conscientização para que a sociedade tenha uma maior compreensão sobre a violência contra a mulher. Também se deve disseminar informações que cheguem às mulheres vítimas da violência, no sentido de elas saberem que o gênero feminino tem direitos, e o direito de não apanhar e de não morrer é o mais importante dos direitos civis. As mulheres tem de ter todo o apoio e saberão que existe a mão e o olhar atentos do estado, que, além de combater e coibir o agressor, não permitirá que a mulher, que é mãe, seja desrespeitada em seus direitos civis fundamentais, que é o de viver em paz e em segurança. É isso aí.

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