Por determinação do juiz Guilherme Madeira Dezem, o atestado de óbito do ex-dirigente do PCdoB João Batista Drumond será alterado, registrando agora sua morte nas dependências do DOI-CODI motivada por torturas físicas
José DirceuUma decisão inédita, do juiz paulista Guilherme Madeira Dezem, determina a alteração no atestado de óbito do ex-dirigente do PCdoB João Batista Drumond. Assassinado pela repressão, em 1976, Drumond tinha em sua certidão de óbito as informações de que havia morrido por atropelamento na Av. 9 de Julho após fugir da polícia. Com a decisão, a verdade foi restabelecida e o documento registrará sua morte nas dependências do DOI-CODI motivada por torturas físicas.
Merece aplausos a Justiça de São Paulo. A decisão é um grande passo e atende à ação movida pela viúva, Maria Ester Cristelli Drumond e as duas filhas do militante. Ele foi preso na “Chacina da Lapa”, operação sob o comando do coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ulstra, e levado ao DOI-CODI paulista. Junto com ele, estiveram presos Haroldo Lima e Aldo Arantes, líderes do PCoB e testemunhas de seu assassinato.
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